sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Uma Jornada pelo Mundo do Metal.



O que acontece em festivais de heavy metal e outras influências do rock n’ roll, as bandas, as pessoas, o ambiente. Preparado para essa “viagem”?


Em um ambiente amplo, escuro e barulhento aconteceu a 1° JORNADA PELO MUNDO DO METAL no dia 10 de maio, às 22 horas na Associação de Funcionários Públicos Municipais de Ijuí, o festival contou com bandas Cristal Lake e Cavalo Doido de Santo Ângelo, Lephastos, de Santa Rosa, Blood Wolf, de Horizontina. A primeira banda a se apresentar foi Cristal Lake que conta com um heavy metal irreverente e cômico, fazendo cover da banda Massacration (banda que ficou nacionalmente conhecida através do programa Hermes & Renato da MTV).

A Cristal é formada por quatro garotos entre 15 e 17 anos, amigos que resolveram montar uma banda depois de ouvir um “ agudo muito agudo” do vocalista, Gustavo. Eles ficaram mais conhecidos no Youtube e no Orkut, e são a favor dessas ferramentas para divulgar seu trabalho.

Logo depois veio a Cavalo Doido que tem influencias de Iron Maiden, Guns N’ Roses, Skid Row, um heavy metal mais clássico, mas que agita muito ainda a galera que esteve presente para curtir o show. Em seguida um metal mais pesado das bandas Lephastos, de black metal, e Blood Wolf, de trash metal.

Por várias vezes a organizadora do evento, Débora Reoly, pensou na possibilidade de organizar um festival de heavy metal na cidade, conversando com amigas resolveu colocar em prática a idéia que há meses conversava, começaram a ver as bandas que poderiam tocar, data, local, som, e pedir o patrocínio das lojas para poder confeccionar o material de divulgação. Porém, como não foi o primeiro festival que ela organizou, tirou de letra alguns problemas como a mudança de local de ultima hora, “falta de um local que permitisse a realização do festival, de todos os que fomos, muitos não quiseram, quando souberam que era do gênero rock/metal”, comenta Débora sobre as dificuldades. De última hora tiveram que cancelar os seguranças, “era ou o som ou o segurança, optamos pelos seguranças, e pedimos cautela pro público, para não haver brigas”. E realmente não houve nenhuma briga, mostrando que o pessoal vai aos festivais para escutar música, beber com os amigos e não arrumar encrenca.

Os patrocínios e a divulgação não dificultaram o trabalho, “poucos os que não quiseram nos ajudar e outra, a mídia todos os jornais quiseram fazer matérias, nos procuraram, revista também, a rádio abriu espaço pra gente falar”, diz ela.

Além das pessoas da cidade que participam desse tipo de evento, moradores da região também comparecem, “eu soube também que até pedindo carona na BR, mostra que quando a pessoa quer, ela vai atrás, não importa quanto longe seja o local”, comenta. Mas comparando com há anos atrás, quando Débora começou a escutar esse tipo de som o preconceito diminuiu, “não deixavam tocar bandas extremas de jeito nenhum e poucas pessoas tinham acesso ao material de bandas “undergrounds” de fora e daqui do Brasil”.