segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comunidade Sertaneja sofre com falta de interesse do poder público




Comunidade pertencente ao bairro São José, o Sertanejo recebeu este nome devido a instalação da empresa de ônibus Sertaneja, que hoje já não existe mais no local

Os moradores gostam do local onde moram, situado no bairro São José, o Sertanejo sofre hoje com a falta de interesse pelo poder público. Sueli de Moraes, moradora há 25 anos, diz “eu gosto de morar aqui, mas falta calçamento, algumas pessoas jogam lixo no riacho e acaba vindo bastante rato, quando chove a gente vê os sacos boiando”. Residindo apenas uma semana Gilmar Ataíde fala que o lugar parece ser calmo, “mas o calçamento é um grande problema”.
Já a moradora Marisa Santana Pereira reclama do descaso dos políticos “aqui o que falta é interesse, ninguém nos ajuda. Minha casa está caindo, quando peço ajuda dizem que não tem verba, mas para o Getúlio Vargas e o Luiz Fogliatto tem”. O maior problema do local parecer ser a irregularidade da situação, a área é de preservação ambiental. “A maioria das pessoas está em situação irregular, mas moram aqui há muitos anos, projeto de rua tem, o prefeito e o vice já estiveram aqui prometendo ajudar colocando cascalho, porém até agora nada foi feito, só promessas, também não sei o que pode ser feito por ser área de preservação ambiental”, comenta Juarez Antonio Rolim de Oliveira, que mora há mais de 10 anos no local.
O presidente do bairro São José, Cesar da Silva Barbosa, explica que prefere fazer uma reunião com o Executivo Municipal, para depois se pronunciar sobre a comunidade. “Para não haver mal entendidos e saber o que pode ser feito com relação aos moradores dessa localidade, já marquei várias reuniões, o que dificulta é a disponibilidade dos secretários e do prefeito”. Cesar comenta ainda que na reunião do OCP 2011 não houve participação das pessoas que residem no Sertanejo, “houve a votação, a comunidade teve a oportunidade de participar e expor seu problema”, diz.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Falta de opções de lazer pode estar ligada ao consumo de drogas




Em alguns bairros de Ijuí, foi constatado que a violência e a falta de lazer estão ligadas com o consumo de drogas

Violência e drogas são temas que estão diretamente ligados. Para manter o vício muitos dependentes químicos praticam pequenos furtos. Em alguns bairros do nosso município, pode-se perceber que a falta de locais de lazer, atividades interativas estão ligadas com o maior consumo de entorpecentes.
Três comunidades apontaram o mesmo problema. Quando questionados se o crescente número de furtos e assaltos possuía ligação com o consumo de drogas, muitos moradores afirmaram que sim. “Falta lugar para essa criançada brincar, elas ficam nas ruas, nos pátios dos vizinhos. Vemos adolescentes amanhecendo nas esquinas, se drogando. Aqui já fui roubada três vezes, a última levaram um tênis do meu varal. A droga leva as pessoas a esse ponto, roubar qualquer coisa para trocar pela ‘pedra’. O Poder Público deveria tomar uma atitude”, desabafa Ana de Souza, que reside no bairro Tancredo Neves.
Seila Pavinatto, proprietária de uma padaria no bairro Burtet salienta que “nos últimos 2 meses já tentaram roubar duas vezes, já quebraram vidro, a segurança pública tem deixado a desejar. No fim de tarde, a gurizada está sempre nas esquinas fumando maconha”. E Celso Leindecker, há 45 anos residente no local, fala que além de segurança pública “falta uma pracinha, um local de lazer para as crianças e adolescentes, nesta Rua 2 pessoas já foram assaltadas esse mês”.
No bairro Glória, o presidente Ivani Boranga conta que havia jovens que usavam a sede do bairro para consumo de entorpecentes, “com o trabalho que a diretoria fez, de conscientização, pelo menos ali não há mais, não que foi extinto, mas diminuiu bastante”. Ele explica ainda que reuniões estão sendo feitas para conversar com a comunidade e com jovens viciados, “as autoridades estão empenhadas nessa campanha, pedimos que os pais que perceberem este problema na família, que entrem em contato conosco, queremos fazer um trabalho para que eles percebam que caminho estão tomando”, salienta.
O secretário de governo Josias Pinheiro esclarece que o Poder Público desenvolve ações de combate as drogas. “Temos o Viva a Vida Livre das drogas, que acontece desde o ano passado e neste trabalho envolvemos a Uabi. Tentando, através dos projetos desenvolvidos nas comunidades dos bairros, fortalecer o lado familiar. É claro que precisamos ampliar, porém já existe um trabalho que estamos executando”, expõem o secretário de governo.
Com relação ao lazer, ele explica que é inviável para qualquer Prefeitura fazer uma praça ou uma área para cada bairro. “Procuramos criar locais como no bairro Storch, melhorar os já existentes, como no Glória e no São José. E temos um projeto de revitalização do campo de futebol do bairro Alvorada”, diz.
Outro projeto é “Viva a Vida Sem Drogas”, que a coordenadora do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Fabíola Dutra, esclarece como funciona “possui em seu eixo principal a preocupação de favorecer a criança, adolescente e seu núcleo familiar, que possibilite a orientação e acompanhamento, a pratica do exercício da cidadania. Estas voltadas para famílias que apresentam vulnerabilidade pessoal e/ou social devido ao uso de substancias psicoativas”.
Dentro do “Viva a Vida Sem Drogas” o acolhimento, grupo operativo parental, reuniões quinzenais, orientação individual, oficinas de discussão e reflexão, visitas domiciliares, monitoramento e avaliação são as principais atividades exercidas. Segundo Fabíola as ações estão tendo retorno significativo, “as atividades estão tendo adesão do núcleo familiar encaminhado, onde estes participam das atividades oferecidas, discutindo sobre as temáticas trabalhadas, onde há o envolvimento de todo núcleo familiar”, esclarece.