No dia 10/05, ás 22 horas na Associação de Funcionários Públicos Municipais, (RS
Foca - Como surgiu a idéia do festival?
Débora Reoly - Depois que o Thiago Machado (que organizava sempre) foi embora para Chapecó, por várias vezes pensei na possibilidade de organizar um festival de heavy metal na cidade, conversando com a Eliana, resolvemos colocar em prática a idéia que há meses conversávamos, começamos a ver as bandas que poderiam tocar, a data, local, som, e pedir o patrocínio das lojas para poder confeccionar o material de divulgação.
Foca - Foi a primeira vez que tu organizaste um festival?
Débora Reoly - Não, em 2002 organizei junto com a Carla e Jordana o S.O.S mundo do rock, no antigo Universitá, mas como aconteceu na véspera de uma eleição , teve pouco público.
Foca - Foi difícil conseguir patrocínio?
Débora Reoly – Poucos os que não quiseram nos ajudar e outra, a mídia todos os jornais quiseram fazer matérias, nos procuraram, revista também, a rádio abriu espaço pra gente falar. As portas estão se abrindo, basta a gente ir atrás, se nós não formos não vão procurar a gente.
Foca - Quais as principais dificuldades que tu tiveste para a realização do festival?
Débora Reoly - Falta de um local que permitisse a realização do festival, de todos os que fomos, muitos não quiseram, quando souberam que era do gênero rock/metal, e outros o aluguel era muito caro, e locais grande, em que precisaríamos de uma infra-estrutura bem maior.
Foca - Muitas pessoas que gostam desse tipo de som reclamam que em Ijuí nunca tem nada, mas elas apóiam e incentivam essas atitudes, participam dos eventos?
Débora Reoly - Algumas sim, tem várias pessoas que apóiam, participam, e organizam shows e festas alternativas, porém outras falam que não há nada desse porte na cidade, mas quando tem não comparecem.
Foca - Tu fizeste uma comunidade do festival no Orkut, tu achas que isto ajudou a divulgar o evento?
Débora Reoly - Sem dúvidas, a comunidade ajudou bastante, pessoas de várias cidades da região ficaram sabendo e vieram até o festival, eu soube também que até pedindo carona na BR, mostra que quando a pessoa quer, ela vai atrás, não importa quanto longe seja o local.
Foca - Na tua opinião a comunidade está mudando, com relação ao preconceito existente com as pessoas que curtem um som mais pesado?
Débora Reoly - Sim, comparando há anos atrás, quando eu comecei a escutar esse tipo de som, não havia nada disso, não deixavam tocar bandas extremas de jeito nenhum e poucas pessoas tinham acesso ao material de bandas “undergrounds” de fora e daqui do Brasil. Hoje em dia, essas bandas tocam
Foca - Com relação à segurança, o evento não possuía, mas em algum momento tu achaste necessário?
Débora Reoly - De última hora tivemos que cancelar os seguranças, era ou o som ou o segurança, optamos pelos seguranças, e pedimos cautela pro público, para não haver brigas. E realmente não houve nenhuma briga, isto mostra que o pessoal vai aos festivais para escutar música, beber com os amigos e não arrumar encrenca.
Foca - Na tua visão, o evento foi sucesso? Há possibilidade da realização de uma segunda jornada pelo mundo do metal?
Débora Reoly - Sucesso não foi, pois na hora tivemos problemas em relação ao som, mas estes erros, tudo o que passamos serviu para sabermos no que podermos melhorar e mudar para o próximo festival. Haverá uma segunda jornada ano que vem. E para o segundo semestre agora, já estou colocando em prática os planos para um próximo festival de bandas, desta vez dentro da cidade e sem troca de local na semana do evento. Aguardem!