segunda-feira, 28 de março de 2011

Rigor nos horários está causando polêmica na Unijuí


           Outras alternativas poderão ser propostas para o próximo semestre




“O horário permaneceu o mesmo. Apenas estamos fazendo valer o que já está previsto no contrato do aluno”, afirma vice-reitora

No dia 16, o aluno do Curso de Comunicação Social, habilitação Relações Públicas, Rodrigo Copetti, de Santo Ângelo, se reuniu com Cátia Maria Nehring, vice-reitora de Graduação e a coordenadora do Curso de Comunicação Social, Nilse Maldaner. Os motivos do encontro foram “pequenos problemas, todos relatados, com a Unijuí e não solucionados”, diz Rodrigo.
Segundo o estudante no encontro foram discutidos assuntos que alguns colegas e alunos enviaram a Reitoria e também a questão do rigor quanto ao período de início e termino das aulas, que conforme o contrato, no turno de maior circulação de alunos é das 19:09hs às 22:39hs. “Na maioria foram queixas de falta de estrutura. No meu caso foquei as situações de atendimento ruim, em vários setores, coisas que vão se acumulando. Mas, a questão central foi o desrespeito aos alunos, a decisão de exigir o horário das aulas noturnas, intenção que, em si, está correta. O problema foi pressionar as vans e ônibus”, comenta Copetti.
Algumas questões começaram se formular pelo estudante. Como os alunos que trabalham durante o dia e estudam a noite e ainda vêm de outras cidades, “essas pessoas agora sairão antes das 17h? Os chefes aceitarão? Terão como repor horário? Serão demitidas? Poderão continuarão estudando? Olhando estes aspectos que estão ligados a decisão da Unijuí, me questionei: eles precisam de alunos?”, salienta Rodrigo.
Para ele o rigor quanto aos horários e a instituição de meia falta são imposições que não darão certo. Pois, quem aguenta trabalhar dois turnos, desde cedo e ficar em uma sala de aula até quase 23h? Sem falar, que hoje a ciência já afirma que não existe concentração por mais de duas horas. E os professores, suportam essa carga-horário? Muitos trabalham três turnos e também viajam. A carga é pesada para ambos”, afirma.
A vice-reitora, Cátia Nehring, comentou que a Instituição está apenas cumprindo o contrato. “O horário permaneceu o mesmo. Apenas estamos fazendo valer o que já está previsto no contrato do aluno”, afirma Cátia. Reuniões foram realizadas junto a Medianeira Transportes, aos proprietários de vans e ônibus de outros municípios, para articular os melhores horários de saída e chegadas dos transportes.
Ela diz ainda que os alunos que se sentirem lesados de algum modo, têm mecanismos para justificar as faltas. “Estamos fazendo uma experiência neste semestre. Observando se dará certo. Se este sistema não funcionar iremos propor outras alternativas”, explica a vice-reitora.




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