terça-feira, 13 de julho de 2010

CAIS completa 5 anos de funcionamento


“O CAIS é como uma casa, aonde eles vão aprendendo a administrar a vida”, fala a diretora, Mariléia Stolz, sobre o Centro de atendimento ao Surdo


O CAIS, que atende crianças e adolescentes surdos no desenvolvimento e crescimento físico e emocional completou, no dia 15 desse mês, 5 anos de funcionamento. O local em que funciona o Centro é cedido pela mantenedora, a Sociedade de Beneficência Tabea. A instituição recebe doações através de projetos encaminhados para o município, o estado e até mesmo fora do país, como a Alemanha, por exemplo. O projeto começou dentro da Igreja Batista, “mas começamos a perceber, que devido à demanda, que tem aumentado até hoje, haveria uma necessidade de fazer esse trabalho diferenciado, diferente do que era feito na igreja”, explica Mariléia Stolz, diretora do CAIS (Centro de Atendimento Integral ao Surdo).
“Neste ano estamos trabalhando temáticas que envolvam as famílias das crianças, a gente visualiza a necessidade que a família também aprenda a linguagem de sinais, porque muitas vezes a própria família não sabe como ajudar seu filho. O envolvimento das delas é fundamental para que a criança, com deficiência auditiva, consiga se comunicar e conviver em sociedade”, salienta Mariléia. O Centro Integral atende hoje 9 crianças com idade de 4 a 7 anos, que são atendidas na instituição, e recebem reforço escolar, alimentação, material escolar, roupas, brinquedos, oficinas de artesanato e transporte (a diretora busca e leva cada uma em sua residência), aprendizagem de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) e outras atividades.
O Centro atende, ainda, cerca de 20 pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho. Além do trabalho com as crianças, o CAIS ajuda o surdo na adaptação no mercado de trabalho, “nós vamos até a empresa e ajudamos no processo de adaptação, pois o deficiente auditivo precisa de um recurso visual para se comunicar, ajudamos tanto o a empresa quanto ao surdo a se adaptar a essa nova realidade. A comunicação é fundamental para os deficientes”, afirma Stolz.
A parte mais importante, segundo ela, “é dar a identidade como pessoa, se aceitando como surdo e trabalhando na emancipação dele, e isso é feito através da educação, dando aulas, ensinando LIBRAS, depois ajudando na área de saúde, encaminhamos para médicos e consultas, fazendo documentações também, e finalizando com o encaminhamento para o mercado de trabalho”.
“O CAIS é como uma casa, aonde eles vão aprendendo a administrar a vida, hoje conseguimos fazer um parâmetro de avaliação entre crianças que passaram por nós desde pequenos, daqueles que atentemos na fase mais adulta, as que vieram pequenas já tem um conceito do que pode e o que não pode, os outros precisamos reforçar mais”, finaliza a diretora.
Todo o trabalho realizado pela instituição é gratuito. A estrutura é mantida aberta 24 horas, e já se tornou referência para os deficientes e familiares. Quem tiver interesse de conhecer o CAIS e o trabalho desenvolvido por este projeto social pode visitar o local que fica na Rua Barão do Rio Branco, 1051 – Centro, telefone: 3332-8182.

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