segunda-feira, 12 de julho de 2010

Conjunto habitacional para idosos do Bairro Glória conta com 14 moradores


“Eu gosto de morar aqui, tem o campo de futebol, a gente senta e conversa,” conta um morador do local, mas, mesmo assim, falta carinho, conversa e a visita de familiares

Identificadas por números e nomes dos moradores, as 16 casas do conjunto habitacional para idosos do Bairro Glória contam com 14 moradores. O Lar começou a ser construído em 1993, na gestão do então prefeito Wanderley Burmann, em convênio com o Estado.
A maioria dos moradores, por sua vez, é aposentada por idade e conta com a ajuda do Governo. “Eu gosto de morar aqui, tem o campo de futebol, a gente senta e conversa,” conta, com a cuia na mão, Dilmar José de Jesus - que tem 81 anos e reside há 18 no conjunto. A ajuda vem de pessoas solidárias ou de órgão e empresas, como no ano passado, “em que o quartel veio nos ajudar”, diz Ildebrando Santos, residente há 8 anos no local. Dona Idelgar Hermani, 76 anos, moradora há 15, gosta de morar no Lar e diz que “cada um cuida a sua casa, o seu pátio e, agora, estão construindo um salão de festas. Mas não sei quando vai inaugurar, acho que logo”.
Quem coordena o local é Jéssica Chagas, da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura, que recebe os idosos com mais de 65 anos e realiza visitas uma vez por semana. Ela conta que a maior dificuldade é quando os moradores não têm móveis para as casas. “O mais difícil é conseguir colchão, cama, fogão e tem um casal de velhinhos que toda vez que eu chego lá me pede um colchão de casal”, diz.
Alguns moradores se desesperam e fazem empréstimos para comprar móveis ou alimentos, que, mesmo com a demora acabam chegando. Mas, assim, acabam ficando sem dinheiro no final do mês. E, além de alimentos, remédios e outros produtos, falta a visita de parentes: “meus filhos me abandonaram aqui”, desabafa dona Maria Peixoto, 77 anos. Acácio Amaral, 51 anos, funcionário da Prefeitura, que estava no local limpando os pátios para colocar cercas e calçadas, conta que o que falta mesmo é a conversa, o diálogo, porque “eles sentem falta de sentar, tomar um chimarrão e contar histórias”. Quem quiser fazer uma visita ou ajudar os idosos, o lar fica na Rua Amazonas, nº. 40, Bairro Glória.

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