terça-feira, 20 de julho de 2010

Jogos auxiliam na atenção e na socialização

Os jogos de vídeo game não são mais vistos como vilões. Recentes estudos mostram que jovens que têm o hábito de jogar videogame se saíram melhor em um teste de atenção, segundo a pesquisa “Análise das performances em teste de atenção sustentada: Comparação entre jogadores e não-jogadores videogame”, publicada na Revista Médica de Minas Gerais, de autoria da psicóloga Luciana Alves

Raonis Jardim, 25 anos, jogador desde os 6 anos e moderador de uma comunidade no Orkut, sobre o jogo Grimm Fandango, diz que “os jogos ajudaram tanto na utilização de equipamentos eletrônicos como na noção de profundidade no trânsito”. Jogos no estilo adventure, RPG ou de ação auxiliam muito no raciocínio lógico, pois necessitam de atenção e possuem quebra–cabeças.
Para a pedagoga Romi Rohde, de Ijuí, os jogos podem trazer benefícios para as crianças e adolescentes. “A princípio, todos os jogos ajudam no raciocínio e na concentração, mas deve haver um limite de tempo, estipulado pelos pais”, afirma. De acordo com o ijuiense Jeancarlo, de 24 anos, “o jogador deve analisar as ações globais para atuar em determinada parte do desafio, desenvolvendo assim uma estratégia, estimulando, também, a criatividade”. O jovem é jogador desde os 5 anos de idade.
O estudo mostrou, ainda, que os jogos auxiliam na socialização das crianças e adolescentes. “Certa vez, avancei várias etapas em um jogo on-line, com a ajuda de um garoto polonês. Após quase 2h, me dei conta que ambos falavam em um inglês primário, suficiente apenas para colaboração mútua no jogo”, relata Raonis. Para Jeancarlo, os games promovem grande interação entre os jogadores. “Geralmente prefere-se jogar em grupo, senão porque seria tão divertido ir a uma lanhouse?”, pergunta. Romi diz ainda que o ambiente em que a criança está jogando deve ser pedagógico e “depois pode haver uma reflexão, relacionando as etapas vencidas dos jogos, com as etapas que se tem a vencer na vida”.

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