segunda-feira, 26 de julho de 2010

Corrida contra o tempo extingue profissões


O tempo, cada vez mais curto, faz com que a maioria das pessoas adquira hábitos de compra por produtos prontos, como roupas, calçados, peças do vestuário em geral. Esse hábito pode acarretar a extinção de algumas profissões




A demanda de trabalho, as novas tecnologias, o processo cada vez mais rápido, internet, home banking, imposto de renda online, portais, e-commerce, twitter, faceboock, atualizar o blog, tudo para ontem, isso contribui para a extinção de algumas profissões. Principalmente profissões como sapateiro, costureira e “consertador de guarda chuva”.
Sabe aquele sapato que você adora e não quer jogar fora ou aquela bolsa que você precisa para semana inteira, hoje se tornou a nova função de um sapateiro, fazer reformas ou pequenos consertos em nossos calçados. Aquele que fazia todo tipo de calçado, quase não existe mais, exceto para fazer botas e sapatilhas para grupos de danças e étnicos, ou para os que gostam das tradições gaúchas. João Machado, sapateiro há 12 anos, diz que “hoje ficou mais fácil, até em agropecuária se encontra botas gaúchas”. A sobrevivência da profissão segundo ele, “é por causa das botas para a gauchada”, para ele a mão de obra está ficando escassa, está cada vez mais difícil encontra um sapateiro. “Nós trabalhamos em função de ser acreditado pelos nossos clientes, de fazer um bom trabalho, até em pequenos consertos”, finaliza Machado.
A costureira já perdeu grande espaço, hoje a moda é ir à estilistas. As lojas de confecções trazem tudo pronto, o consumidor só precisa provar uma vez. Rosane Fracaro, trabalhando como costureira há 22 anos, diz que “caiu a procura por esse ofício também, não se vê jovens costureiras”. Para ela hoje as pessoas preferem comprar tudo pronto, pois sai mais barato. A profissão ainda resiste devido a união de costureiras, que trabalham juntas em uma empresa, ou ainda aquelas que trabalham com alta costura e estilistas, “agora tem bastante trabalho com vestidos de noivas, para formaturas, debutantes”, afirma Rosane. Porém, o futuro para as costureiras de antigamente, que trabalhavam em casa, provavelmente não resistirá como profissão, “sempre tem um conserto para fazer, um fecho, uma barra, mas não da pra viver só disso”, explica a costureira.
E o que dizer do “consertador de guarda chuva’’? Na correria de hoje é mais fácil comprar um guarda chuva do que conserta – lo. “Aqui na cidade acho que sou só eu, mas um dia acho que a profissão vai acabar”, relata José de Souza, 80 anos. O consertador diz que “trabalho sempre tem, mas diminuiu bastante”.



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